Queridos(as) oficiais do CPI-9,
Estamos
encerrando mais uma rodada de Audiências Públicas com a Comunidade, a última do
ano de 2014 (transferimos a agenda de dezembro para janeiro para que pudéssemos
comparar o ano passado com 2013), consolidando um programa de suma importância
dentro do contexto da filosofia de polícia comunitária e que se insere nos
eixos “aproximação com a comunidade” e “transparência”, colocados pelo Comando
do CPI-9 como centrais no seu plano de comando para a região de Piracicaba.
Dentro do que
foi permitido pela minha agenda procurei participar de várias Audiências neste
mês e sei das dificuldades que existem para dar o evento o grau de importância
que ele deve receber da comunidade.
Cheguei a ir a
reuniões onde havia apenas um civil participando: e não foi numa cidade
pequena, foi na cidade sede de um Batalhão, cujo nome omitirei por não entender
relevante citar.
Enfim, há
muito trabalho pela frente e todos nós devemos estar conscientes de que este
mudança passa, necessariamente, por um esforço adicional de cada um.
Registro que,
na avaliação de desempenho deste ano coloquei para os Comandantes de Cia metas
específicas para Audiências Públicas, buscando aumentar o nível de adesão pela
comunidade nestes eventos.
Não quero aqui
depreciar aqueles que realizaram reuniões sem a presença de grande público:
imagino que não tenha faltado empenho ou boa vontade! Mas é preciso ter a
convicção de que é possível melhorar...é possível fazer realidade o sonho de
ter a comunidade do nosso lado, ouvindo o que temos para dizer e participando
na construção de uma sociedade mais segura.
Vou, na linha
que julgo mais adequada, apontar um exemplo de como é importante o envolvimento
de quem comanda para fazer com que as coisas aconteçam e, este tipo de evento
tenha brilho e atenda os objetivos.
No ano
passado, quando realizei uma visita ao Pelotão da PM e à Prefeitura de Arthur
Nogueira, área da 3ª Cia PM do 19º BPM/I, e encontrei um cenário muito preocupante:
senti uma tropa desmotivada, um certo afastamento das demais forças de
segurança e autoridades muito descontentes com a atuação da PM na localidade.
Há quase duas
décadas um oficial não era designado para comandar a sede do Pelotão!
Determinei
então ao comandante do batalhão que fizesse um esforço e designasse um Tenente
para lá, tendo o Ten Cel PM Marcelo escalado o 1º Ten PM Alcântara para a
missão.
Em poucos
meses, com muito trabalho e uma excelente estratégia de comunicação e de
aproximação com a comunidade e as autoridades, o oficial reverteu um cenário
que era desfavorável e hoje a PM goza de grande prestígio em Arthur Nogueira.
Alcântara,
esse importante colaborador, tem dado peso a todas as suas iniciativas enquanto
comandante da polícia ostensiva de uma cidade, não fazendo diferente em relação
às Audiências Públicas.
Na última realizada
na cidade, em 28/1, nada menos do que 55 civis (ver fotos), membros da
sociedade nogueirense e autoridades locais compareceram, demonstrando, na
prática, o quanto de fato a PM angariou reconhecimento perante aquela
comunidade.
Meus amigos, estou
falando de um Tenente, de um jovem que entendeu o quanto é importante o seu
papel, foi lá e fez acontecer!!!
E todos nós
somos importantes: o primeiro passo talvez seja cada um ter a exata noção disto!!!
Que o exemplo
deste jovem da nossa equipe estimule e seja referência para todos: do mais
recruta dos soldados até este Coronel que insiste (por acreditar!!) em escrever
mensagens motivacionais visando despertar as pessoas para o seu real valor.
Atenciosamente,
Humberto Gouvêa Figueiredo - Comandante
Seção de Comunicação Social do CPI-9