(*) Humberto Gouvêa Figueiredo
Encerrou-se há alguns dias o incêndio
nos tanques situados no pátio Ultracargo/Tequimar, em Alemoa, na cidade de Santos,
depois de dias incansáveis de trabalho pela extinção do fogo pelos homens e
mulheres do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O fim da ocorrência foi oficialmente
comunicado pelo Coronel Marcos Aurélio Alves Pinto, comandante do Corpo de Bombeiros
e também responsável pelo comando desta operação que, certamente, entrará para
a história de São Paulo.
Em artigo anterior, reconheci e
ressaltei o heroísmo dos nossos bombeiros nesta missão, cuja magnitude e
criticidade não tem precedentes no nosso país.
Vejo agora justas menções de
valorização e reconhecimento destes profissionais que, obviamente merecem todo
o respeito da sociedade, das autoridades, de seus pares, enfim, de todos nós!
Mas é preciso, até por medida de
inteira justiça, dizer que existem muitos outros heróis nesta ocorrência, cuja
visibilidade talvez tenha sido comprometida pelas imagens fortes e impactantes
de homens e mulheres se arriscando próximo do fogo e das labaredas que pareciam
não ter mais fim.
Para que os bombeiros cumprissem com
sucesso a sua missão, heroicos homens e mulheres do Comando de Policiamento da
região de Santos (CPI-6) preservaram o local, bloquearam vias, policiaram
regiões próximas, orientaram as pessoas sobre medidas de segurança que deveriam
ser adotadas.
Não menos heróis, policiais militares
do Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), zelaram pela segurança das
rodovias que dão acesso à baixada santista, também bloquearam acessos,
realizaram comboio de caminhoneiros que se dirigiam ao Porto, ações que também
repercutiram muito positivamente para o sucesso dos bombeiros.
Outros heróis apoiaram pelo ar:
pilotos e tripulantes do Grupamento Aéreo da Polícia Militar, os “Águias”,
também foram fundamentais na ajuda aos bombeiros, quer seja transportando
pessoas, equipamentos ou coletando e transmitindo imagens, úteis àqueles que
gerenciavam a crise.
Como também não considerar heróis os médicos
e enfermeiros da Polícia Militar que para Santos se deslocaram, ocupando instalações
improvisadas para dar o suporte necessário, do ponto de vista médico, aos
bombeiros que se acidentavam ou que precisavam de algum apoio? São também
heróis desta ocorrência.
Enfim, os heróis são muitos e eles
não diminuem em nada o tamanho do heroísmo dos nossos bombeiros.
Na minha humilde opinião, a maior
lição que esta ocorrência deixa para todos é a da imprescindibilidade da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que
a ela se subordina: mostrou-se ao mundo, aquilo que não cansamos de repetir do “portão
para dentro”: JUNTOS SOMOS MUITO FORTES!
(*) É Coronel da Polícia Militar e Comandante do Policiamento na região de Piracicaba
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